top of page
Maurilio Trindade Aun

Violência policial precisa ser combatida ao invés de ser aplaudida como ocorre em muitos casos

E normal muitas pessoas nas redes sociais aplaudir agentes do estado agredindo pessoas em abordagens e dizendo que se estão apanhando é porque merece ou porque são bandidos mesmo e que precisa ter mais agentes agindo daquela maneira, aliás, tem até agentes do estado que já foram eleitos (as) por matarem pessoas que estavam agindo a margem da lei.



Ora, essas pessoas esquecem que hoje aplaudem uma pessoa sendo agredida por agentes do estado, mas amanhã depois poderá sofrer a mesma situação, aliás, o Bolsonaro sempre defendeu que os agentes do estado podem agredir e até matar no exercício do poder de polícia.



Claro, essa liberdade para os agentes de segurança é para supostamente combater o crime e a marginalidade, mas ocorre que qualquer pessoa pode de repente virar bandido e marginal numa abordagem, de repete estar com arma e ter reagido, de repente estar transportando drogas, enfim, é muito poder discricionário ao agente de segurança que pode ser usado para cometer arbitrariedades e injustiças.



Todos na região de Juruena e Cotriguaçu devem lembrar do jovem que foi assassinado por um agente de segurança no município de Cotriguaçu no ano passado, isso acontece exatamente porque muitos aplaudem e defende as violências policiais.


Agora o empresário Sergio de Oliveira, um fervoroso defensor do Bolsonarismo, e, portanto, defensor de um "estado policial", sentiu na pele uma abordagem policial truculenta, a onde sofreu agressão física, mas ao mesmo tempo deve agradecer, pois poderia ter sido pior, poderia ter ocorrido “uma suposta resistência a abordagem e uma movimentação suspeita, e o agente do estado ter agido no estrito dever legal e em legitima defesa ter lhe tirado a vida”.



Ou seja, quanto mais as pessoas aplaudem e defendem as violências policiais, abre espaço para todos os tipos de justificativas para assassinatos e violências cometidas por agentes a serviço do estado, aliás, tem até guerras que nem mata tantas pessoas igual se mata no Brasil em operações policiais.


Claro, no caso em questão, o agente do estado acabou agredido um ex-vereador, empresário em Juruena e bem articulado com lideranças locais, portanto, recorreu ao poder legislativo e conseguiu uma moção de repúdio pela violência policial, mas quando isso ocorre com pessoas menos favorecidas, estes tipos de ações são aplaudidos e defendidas.


Portanto, boa parte da população precisa parar de aplaudir violências policiais, pois o poder do estado deve ser usado para coibir as violências, ao invés de fomentar e criar mais violências, inclusive, é bom as pessoas lembrarem que a "roda gira", e que ao comemorar ou desejar ao outro, cedo ou mais tarde lhe baterá a porta a mesma situação que defendeu, comemorou e desejou "ao outro".

 

Por: Maurilio Trindade Aun

Empresário/jornalista com Licenciatura Plena em Matemática e Acadêmico no décimo período em Direito na Unemat


Kommentarer


Guia Digital da Cidade_edited.jpg
Mandala%20do%20L%C3%ADrio_edited.jpg
bottom of page